segunda-feira, 7 de abril de 2014

Korbanot (Sacrifícios)

Considerando korbanot (sacrifícios) como rituais que aproximam o ser-humano de D’us, analogicamente podemos assumir que esta prática é sempre necessária. Vaycrá (Levítico) chama o povo para ser separado, distinto entre povos e santificado para D’us.
Em sua carta aos Hebreus, a Brit Chadashá (Novo Testamento) relata analogamente, através de seu ator, a posição de Yeshua como Kohen Eterno (Hebreus 7:21), ou seja, embora agora exista um Sacerdote proveniente de tribo diferente, ou seja, fora da linha de Aharon (Arão), verificamos que Yeshua passa pelo processo do sacrifício para que o Objetivo da Torá passe a ser eficiente.
Em seu comentário da Brit Chadashá, David Stern escreve sobre a mudança de Torá: “O termo metathesis (do grego nomou metathesis – Mudança de Torá) implica na retenção da estrutura básica da Torá, com alguns de seus elementos sendo recompostos, porém não abolindo a Torá como um todo”. Com isto, podemos entender que o sacrifício de Yeshua foi definitivo, pois seu sangue libertou seu povo para sempre, uma vez que sem sangue, não há remissão de pecados (Hebreus 9:22).
Esta mudança da Torá quanto aos sacrifícios não faz com que os sacrifícios ainda não tenham uma função de entendimento em nossas vidas. Como declara o autor de Hebreus no capítulo 8, [...] se a primeira aliança não tivesse dado espaço para a descoberta de erros, não haveria a necessidade de uma segunda aliança [...]. A Torá tem em si uma sombra das coisas boas que virão (Hebreus 10:1), ou seja, ao navegarmos nas palavras do Eterno conseguimos perceber que o povo foi sendo preparado para que conceitos fossem introduzidos e praticados, a fim de levar o ser-humano a ter um entendimento de um breve porvir.
Partindo do leve para o pesado, se por meio de sangue de animais a pureza exterior do homem era restaurada, quanto mais o sangue do Messias, que tem o poder de purificar a alma (Hebreus 9:14).
Quando D’us nos chama ele estabelece: “Sejam santos, pois eu Adonai, o D’us de vocês, sou santo”. O sacrifício de Yeshua nos aproximou do Pai, porém existem regras, ordenanças e mandamentos para que possamos persistir em Suas Tendas. Quando nascemos de novo, em Espírito, não prepondera mais em nós a natureza do pecado, porém ainda temos uma tendência para o mal, já que vivemos em um corpo predestinado a morte. Sacrifícios são necessários todos os dias para que não percamos aquilo que pela Graça nos foi dado, e esta cerca que nos protege é a Santa Lei de D’us.

Texto baseado em trabalho do próprio autor que aqui escreve.

Rubens Rodrigues
07-04-2014 

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