Hoje, quando eu estava a caminho do escritório, me peguei
pensando em diversos assuntos correlacionados a Justiça. Logo penso que, uma
vez que D’us se torna a nós aquilo que necessitamos em algum respectivo
momento, haja vista que o Salmista compartilha: “Adonai é meu pastor, tenho
tudo que necessito”; creio que Ele supre nossa mente e coração nestes momentos
em que uma palavra, uma conversa ou uma relação faz-se necessária para que
nossos questionamentos sejam supridos com a Verdade do Altíssimo.
Quando o povo de Israel vagava no deserto, e sabemos que
isto foi comum durante centenas ou milhares de anos, havia a necessidade
extrema de seguir regras e preceitos para que o povo prevalecesse mediante
todas as dificuldades encontradas durante o processo de viver. Por obrigação ou
necessidade, a unidade era necessária, uma vez que a vida de uma pessoa estava
diretamente ligada ao que outra pessoas decidisse fazer para viver. Para que a
harmonia e qualidade de vida pudesse existir, ainda que em aspectos mínimos, uma
parte da minha vida deveria ser dedicada para que a vida ao lado pudesse
existir.
Creio que, a maior prova dessa teoria, foi a aplicabilidade
do dízimo na legislação judaica através da Lei de Moisés (repassada por D’us).
Para que a sociedade prevalecesse, era de extrema necessidade que os bem
sucedidos compartilhassem uma parte do que tinham para que os menos favorecidos
pudessem, no mínimo, ter suprimentos e uma dignidade no meio do povo. Tenho uma
teoria que diz que o dízimo é bilateral: Ao mesmo tempo que a pessoa que recebe
é beneficiada pela benevolência de outrem, sendo então suprida pelo estatuto
divino, a pessoa que o dá é beneficiada pelo desapego ao materialismo e a
prática do amor que doa. Em minha opinião, isto é tão importante a ponto do Profeta
Malaquias declarar que a falta desta prática pode ser considerada roubo a D’us,
uma vez que é instituição Divina que uma parte daquilo que é dEle e Ele nos
concede, seja utilizada para gerar equilíbrio entre a escassez e a abundância.
Partindo desta tese, Shaul (Paulo) diz aos colossenses na
região turca que estas coisas, ou seja, os estatutos, as festas, as ordenanças,
dentro tudo o quanto D’us instituiu ao seu povo no passado, são sombras às
coisas futuras, cumpridas no corpo do Messias. Portanto, tais coisas dão forma
a plenitude do caráter divino e são aprofundadas por Yeshua quando o mesmo
aprofunda cada mandamento indagando sua abrangência espiritual.
Vivemos em um mundo injusto, porém temos um trabalho a
cumprir. Embora temos objetivos no mundo e isto seja natural, isto não isenta
nossa responsabilidade na constituição do Reino de D’us na Terra. Qual é o
tempo que temos gasto em trabalho efetivo para que isto aconteça? Em que temos
colaborado com a sociedade para impor a Legislação dos Céus? Temos suprido os
levitas, viúvas e órfãos com a décima parte do nosso tempo para que alimentemos
seus corações? Temos, de fato matado a fome do necessitado e vestindo os que
estão com frio?
Enfim, um ser que nasce do Espírito e adquire a mente de
D’us, este possui Sua natureza. E, se na metáfora de nossa vida saibamos da
verdade de que D’us amou o mundo de tal maneira (o ímpio e o humilde) que
entregou seu Único Filho, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas
tenha a vida eterna, logo adquirimos a consciência daquilo que devemos fazer
para cumprir nossa missão.
Que o Eterno D’us, e Único D’us, de Abraão, Isaque e Jacó vos abençoe, no nome de seu Filho Yeshua.
Rubens Rodrigues
09-09-2012
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