K’doshim tihiu ki kadosh ani Adonai Elocheichem (“Sede santos, porque Eu sou santo, o Eterno vosso D’us) – Lev. 19:1-2)
Ser santo é ser separado, cortado, sem vestígios, da parte a qual fazíamos parte (mundo), para que seja possível, novamente, a comunicação com o ETERNO. Ser santo é MANDAMENTO, é o molde do cidadão dos Céus.
Afinal, MANDAMENTO é algo que torna a liberdade paradoxa na esssência da linguagem. Porém, a alma o define como os limites da vida livre, uma vez que há a necessidade de ordem para que as coisas caminhem nos eixos. No passado Ele disse: "A Terra era informe e vazia", logo a "Luz" existiu e se separou das "Trevas". Em suma, não existe abertura para viver ao lado de D'us e, ao mesmo tempo, andar no obscuro da face do Abismo.
Há alguns que dirão: "Vivo nos costumes de Kena'an (Canaã), afinal para lá fui levado por meu D'us". Logo outros acrescentam: "Estou no Egito, sirvo ao Eterno na terra do Nilo". De fato, a humanidade vive nesse dilema e tenta justificar-se vivendo as próprias regras no cabresto denominado Religião, que é a parte do corpo que cria a Visão, levando a multidão a caminhar aos olhos de um sonhador.
[...]"HAJA LUZ"; e houve Luz, D'us viu que a Luz era boa, e D'us separou a Luz das trevas. D'us chamou à Luz Dia, e às trevas chamou Noite[...]
De fato, a Luz é separada das Trevas, logo quando a Luz caminha na Noite, ela clareia a vergonha da escuridão. Não há mistura entre as duas naturezas, uma vez que são completamente opostas. A riquiza do hebraico escreve a palavra K'doshim do radical KAD, logo ser santo é a radicalização de ser separado, cortado, totalmente para D'us.
Em Vaykrá (Levítico), Adonai prescreve uma série mandamentos focados à santidade, tais como:
- Honra aos pais;
- Guarda do Sábado (Vide que Yeshua o guardava e isso é MANDAMENTO de D'us, que poder tem a Igreja sobre isso?);
- Fazer caridade a viúvas, estrangeiros e pobres;
- Não furtar, não mentir, não ser falso;
- Não jurar em falso pelo nome de D'us;
- Não fazer acepção de pessoas;
- Não andar com fofoqueiros;
- Não odiar o irmão, mas repreendê-lo;
- Ser testado e provado nos frutos;
- Não fazer lacerações na carne nem marcá-la;
- Não comer nada com sangue;
- Não praticar advinhação nem predição do futuro;
- Não procurar médiuns de espíritos ou feiticeiros, não se maculem com eles;
- Tratar os estrangeiros chegados ao povo como se fossem da família;
- Não adulterar, não ser pervertido, não cometer abominações sexuais.
... dentre diversos outros mandamentos implícitos nos mesmos. O fato é que, tais mandamentos interferem em nosso nível de santidade.
Olhamos a nossa volta e vemos diversos lábios proferindo o nome de D'us ou pseudo falando em nome d'Ele. De fato a boca fala do que o coração está cheio, porém as águas que brotam do mesmo, podem ser de Elohim ou Samael. Logo, a falta de santidade é permissiva e divinamente ironizada pelo Autor da Vida, conforme a boca do profeta: "Por isso, estou batendo palmas por causa do seu lucro vil e o derramamento de sangue em você. Pode sua coragem durar muito, e sua força continuar durante dias quando eu lidar com você? (Ezequiel 22:13-14)
A escuridão que vivemos dentro da clareza exposta, um dia será confrontada e, nesse dia, cairemos ou levantaremos. Então, que vivamos as leis e regras de D'us, pois há vida por intermédio delas.
De fato, não há parte no Reino para quem pratica aquilo que vai contra ao caráter do Altíssimo. Não existe separação para os que pecam contra a Lei de D'us. É sabido que a Lei não pode salvar, uma vez que o favor imerecido da Graça é dom de D'us. Ao mesmo tempo, a Graça nos impõe regras, e regras são MANDAMENTOS, quão paradoxo é o mundo na simplicidade da simples obediência ao Eterno!
Enfim, nas trevas apareceu a Luz, Yeshua é a Luz, Ele foi a manifestação da Torah em carne. NEle, não sou mais eu, mas Ele é em mim. Logo, se estou em Yeshua, estou na Torah, se estou na Torah, eu sou SANTO!
Shalom,
Rubens Rodrigues
18-03-2012
Shalom,
Rubens Rodrigues
18-03-2012